Eron Marcelo Reis, um auxiliar de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos, em São Paulo, está sendo investigado por compartilhar fotos e vídeos de cadáveres em um grupo de mensagens, além de receber dinheiro para levar estudantes até o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), sem consentimento de seus superiores.
Segundo o investigado, o grupo no qual ele compartilhava as imagens é composto por estudantes de um curso preparatório de necropsia, voltado para concursos públicos. Eron foi professor nesse curso, e afirma que compartilhava os registros para fins educacionais.
Segundo a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), a conduta do auxiliar de necropsia viola as práticas instruídas aos agentes do ramo. O caso é investigado como vilipêndio de cadáver – crime contra o respeito aos mortos.
Sobre as visitas fornecidas ao SVO, Eron confirmou que recebia 100 reais da escola preparatória para levar os estudantes ao local e deixar eles acompanharem o serviço e interagirem com os cadáveres. Entre as imagens compartilhadas no grupo, estão fotos de estudantes do curso posando junto aos corpos.
O suspeito não é funcionário do SVO, e sim do IML, que fica em um prédio diferente, dentro do mesmo complexo. O investigado afirmou que os dirigentes da sua unidade não tinham conhecimento do caso.
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Por Isabel Bergamin Neves
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