Condenados alegam sofrer tortura e ameaças de morte

Imagem ilustra condenados

Agel, antigamente Rosana Auri da Silva Cândido, e Alidi, antigamente Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, condenados em 2019 pela morte do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, alegam estar recebendo ameaças de morte de dententas e terem sofrido supostas práticas de tortura e transfobia, entre 2019 e 2023, por 20 agentes penais lotados no Presídio Feminino do Distrito Federal (PFDF), a Colmeia. (RELEMBRE O CASO, CLICANDO AQUI).

Atualmente, o casal se reconhece como homens trans, assumindo novos nomes sociais. Os dois são considerados desprezíveis pela massa carcerária e, devido ao crime que cometeram, foram jurados de morte por outras internas da Colmeia, todas autoras de crimes sexuais. 

De acordo com o jornal Metrópoles, as ameaças contra Agel e Alidi se intensificaram em 2022, levando a direção da unidade prisional a atender ao pedido de ambos e fazendo com eles fossem deslocados a outra ala, onde são mantidos isolados, em uma espécie de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

No RDD, eles tomam banho de sol por meio de um solário disponível dentro da cela, sem direito a televisão e a caminhar pelo pátio. 

Por possuírem uma união estável, os dois dividem a cela. Porém, após uma briga, a convivência passou a ser descrita como insustentável, e ambos passaram a apresentar desequilíbrio psicológico. Diante disso, os dois detentos optaram por escolher a própria psicóloga e não a profissional oferecida pelo sistema.

Após os desentendimentos e a restrição dos benefícios, o casal solicitou a transferência para um bloco comum, junto com a massa carcerária, apesar de correr risco de agressão e até morte por linchamento.

Em 19 de fevereiro deste ano, a advogada Soraia Mendes protocolou uma petição na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), denunciando supostas práticas de tortura e transfobia cometidas contra um casal – até então desconhecido – por 20 agentes penais.

Segundo a apuração apresentada na matéria do jornal Metrópoles, o casal em questão é Agel e Alidi. A CIDH informou que irá analisar e investigar as denúncias.

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Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com

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