Uma tragédia abalou a família de Valentina, uma menina de apenas um ano, que veio a óbito após ser deixada na casa da tia e do namorado desta, em Diadema, São Paulo. Familiares suspeitam que a criança tenha sido vítima de homicídio, apontando o namorado da tia como responsável, embora este negue as acusações.
Maurício Júnior, de 22 anos, alegou à Polícia Civil de São Paulo que a morte de Valentina não foi intencional. Segundo seu relato, enquanto subia uma escada com a criança no colo, ocorreu um acidente no qual a menina teria batido a cabeça na parede. Maurício entregou Valentina já inconsciente à família.
O avô da criança, identificado apenas como Raimundo, estava presente na residência no momento do incidente e relatou ter ouvido um choro, sem conseguir identificar sua origem. “Eu achei que era alguma criança chorando na rua, até abri a veneziana lá em cima e não vi criança nenhuma chorando, e era ela”, contou ao programa Cidade Alerta, da Record TV.
Reinaldo, pai de Valentina, devastado pela perda, questionou a falta de informações no momento do ocorrido que poderiam ter salvo a vida da filha. “Por que omitir os fatos? Na hora, não falou nada pra ninguém? Podia ter salvado a vida da minha filha, né?! Questão de cinco minutos, meia hora, entendeu?! Porque quando chegou no hospital, ninguém sabia o que era, depois foi ver”, desabafou o homem.
Segundo relatos de familiares ao programa Cidade Alerta, a menina sempre chorava quando era colocada no colo do suspeito.
A Polícia Civil, após um laudo pericial levantar suspeitas de violência, investiga a morte da criança. O delegado Marcos Dario, responsável pelo caso, destacou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que Valentina pode ter sido jogada violentamente contra a parede.
“Temos alguns indícios de que, de repente, ele ficou nervoso e colocou a criança contra a parede, chacoalhando ela, e nisso pode ter batido a cabeça contra a parede. Porque, como está no laudo do IML, a lesão foi de natureza grave e foi de uma alta intensidade esse choque, pra causar essas lesões cranianas”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil planeja realizar uma reprodução simulada dos eventos para esclarecer como ocorreu a queda que resultou no óbito da menina.
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Por Mai Moreira
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