No dia 10 de julho, em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 30 anos, proprietária da creche clandestina “Cantinho da Tia Carol”, e uma das cuidadoras que trabalhava no local, foram presas em flagrante, acusadas de torturar e drogar bebês e devem responder por tortura qualificada e exposição da saúde de outrem a perigo. A revelação veio por meio do relato de uma mãe, que ouviu sua filha descrever as agressões sofridas pelas crianças na instituição.
Uma mãe, que preferiu não se identificar, compartilhou o momento em que a filha lhe contou sobre as torturas presenciadas na creche. A criança descreveu que “a tia” batia nos bebês e afirmou que presenciou uma agressão que foi gravada.
Outra mãe também se manifestou, revelando que seu filho lhe disse que a dona da creche era brava e batia nele. Uma terceira mãe recebeu mensagens de um número supostamente pertencente à proprietária da creche, que tentava alegar que a criança não havia sido dopada, mas estava doente.
A creche, que operava sob o slogan “Seu bem mais precioso em boas mãos”, funcionava há quatro meses sem qualquer tipo de documentação ou alvará, de acordo com a prefeitura de Naviraí. Em nota oficial, o “Cantinho da Tia Carol” negou veementemente as acusações de agressão e administração de medicamentos.
A investigação teve início a partir de uma denúncia feita por uma ex-aluna da creche. As autoridades policiais conseguiram obter filmagens que comprovaram as agressões. Em uma das gravações, a proprietária é vista agredindo uma bebê de apenas 11 meses, jogando-a brutalmente no chão e desferindo tapas em seu corpo.
Por Jorge Alves