Por Mai Moreira
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A ex-namorada de Robson Cândido, ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, que foi vítima de perseguições por parte do acusado, recebeu o direito a um monitoramento contra o agressor. A determinação foi do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras, que impôs que o réu mantenha uma distância de três quilômetros da mulher.
O nome da vítima é mantido em segredo por questões de segurança. Ela fará parte do programa da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas e terá um Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP), que irá notificar a polícia caso o agressor se aproxime da mulher. A vítima recebeu direito ao monitoramento pelo fato de Robson ter sido solto no dia 29 de novembro.
De acordo com o juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, responsável pela decisão, o dispositivo é móvel e portátil. Ele emite um sinal sonoro e vibratório que alertará a vítima e as forças de segurança, caso o agressor se aproxime dela.
O funcionamento do aparelho é integrado a uma câmara técnica de agentes da Secretaria de Segurança Pública, responsáveis por monitoramento e rastreamento constantes desse tipo de caso. Se o DMPP avisar que a vítima corre perigo, a Polícia Militar é acionada.
A vítima criticou a soltura de Robson, que foi feita com base na alegação de que ele não apresenta nenhum risco, devido ao fato de ele não ser mais ocupante de cargo público. Ao juiz Frederico, a vítima declarou:
“Após receber a notícia de que Robson foi solto, tive uma forte crise de pânico, choro, ansiedade e insônia. Atualmente, ele ganhou a liberdade e eu virei prisioneira, pois estou sem sair de casa, com medo de ser assassinada”. Ela finalizou dizendo: “Atenciosamente, uma sobrevivente da violência contra a mulher”.