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imagem ilustra vítima e o suspeito

Na segunda-feira, 12 de setembro de 2022, a região de São Mateus, na zona leste de São Paulo, foi cenário de uma tragédia que chocou a população. Michelli Nicolich, uma cartomante de 37 anos, foi vítima de um feminicídio perpetrado pelo ex-companheiro, Ezequiel Lemos Ramos, um estudante de Medicina de 38 anos. O crime resultou na morte de Michelli e do filho mais novo do casal, Luiz Nicolich Lemos, de apenas 2 anos.

A tragédia tem raízes em maio de 2022, quando Michelli, após descobrir que Ezequiel estava envolvido em um site de relacionamento, enfrentou uma situação de violência extrema. O estudante de Medicina colecionava armas e ameaçou Michelli, chegando a engatilhar uma arma na cabeça dela. Após a ocorrência, Ezequiel foi preso em flagrante e recebeu medidas protetivas, mas, em junho, obteve liberdade provisória.

Desde então, Michelli vivia escondida, temendo pela própria vida e pela segurança de seus dois filhos. O ex-companheiro, proibido de se aproximar, tentava manter contato por meio de perfis falsos nas redes sociais, criados para burlar as medidas protetivas. A tensão era palpável, marcando cada passo de Michelli em sua busca por uma vida tranquila.

No fatídico dia do crime, Michelli foi buscar os filhos na escolinha. Ezequiel, descontrolado, perseguiu o veículo conduzido por ela e, em plena avenida Rodolfo Pirani, efetuou disparos com uma carabina. A cena brutal foi registrada por câmeras de segurança locais e viralizou nas redes sociais.

Mesmo após os disparos, Michelli tentou dirigir, mas perdeu o controle do veículo e colidiu contra um poste. Nesse momento, Ezequiel se aproximou e disparou novamente contra o carro, ceifando a vida de Michelli e do pequeno Luiz. O filho mais velho não sofreu ferimentos físicos.

Ezequiel foi detido em flagrante por um policial militar de folga e posteriormente indiciado por duplo homicídio doloso qualificado, feminicídio e emboscada, além de tentativa de homicídio. 

A arma utilizada no crime foi identificada como sendo uma carabina, mas a comoção popular e o tumulto gerado no momento da prisão impediram a sua localização. A investigação do caso ficou sob responsabilidade do 55º Distrito Policial (Parque São Rafael).

A tragédia de Michelli Nicolich ressalta a urgência de se abordar e enfrentar a violência doméstica e o feminicídio. A história de Michelli alerta para a necessidade de fortalecer as medidas de proteção às vítimas e aprimorar os recursos de segurança para evitar que casos como este continuem ceifando vidas. A população clama por justiça, e a comoção gerada por essa tragédia ecoa como um apelo por mudanças e pela conscientização de uma sociedade que não pode mais tolerar a violência contra as mulheres.

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Por Leo Soares
Contato – leonardo@newsic.com

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