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No cenário de Braço Norte, Santa Catarina, o mês de janeiro de 2023 ficou marcado pelo sombrio crime hediondo que ceifou a vida de Jéssica Elias da Rocha, uma jovem de 23 anos. O enredo intricado envolve relacionamentos tumultuados, vingança e múltiplos suspeitos, incluindo a ex-sogra da vítima, a atual namorada do ex-namorado dela e o companheiro da ex-sogra.

O pesadelo começou em 20 de janeiro, quando Jéssica foi sequestrada e levada à casa da ex-sogra pelos três suspeitos, todos agora detidos. Dois meses de angústia depois, em 23 de março, seu corpo foi encontrado em estado desfigurado, vítima de uma tortura que durou dois dias e somente foi encerrada pelo golpe fatal conhecido como “Mata-Leão”.

O enredo sinistro tem como pano de fundo o relacionamento conturbado de Jéssica com o ex-namorado, Adrian, que já havia protagonizado agressões físicas e incendiado a residência dela. A trama toma caminhos ainda mais sombrios quando a ex-sogra, Márcia, desenvolve um profundo rancor contra Jéssica, atribuindo à vítima a responsabilidade pelos atos criminosos de Adrian.

Mesmo após as agressões sofridas, Jéssica mantinha sentimentos por Adrian, complicando ainda mais a situação. A escalada de violência ganhou contornos virtuais quando a vítima criou um perfil falso nas redes sociais, alimentando a hostilidade entre o ex-casal. As investigações apontam para um desejo de “acerto de contas” com Jéssica por parte de Márcia e Erica, atual namorada de Adrian.

A complexidade do caso atinge seu ápice quando foi revelado que Jéssica e Erica eram amigas antes de se tornarem rivais no relacionamento com Adrian. Por outro lado, a relação entre Jéssica e Márcia sempre foi marcada por tensão. 

Em 10 de abril, Josuel, filho de Márcia e ex-cunhado de Jéssica, foi preso sob suspeita de ter colaborado na mudança do local de ocultação do corpo da vítima, evidenciando o envolvimento de toda a rede familiar no crime e nas tentativas de despistar as investigações.

Adrian, o ex-namorado, atualmente enfrenta outro julgamento por homicídio, corrupção de menor e furto qualificado, com detalhes do processo mantidos sob sigilo. O trágico destino de Jéssica Elias da Rocha serve como um alerta contundente sobre a urgência de combater a violência de gênero e o feminicídio, evidenciando a necessidade premente de medidas preventivas em nossa sociedade.

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Por Leo Soares
Contato – leonardo@newsic.com

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