Por Mai Moreira
O corpo encontrado no dia 19 de setembro com uma marca de tiro na cabeça, amordaçado e com as mãos amarradas na parte traseira de um automóvel, na Brasilândia, bairro da Zona Norte de São Paulo, foi identificado em exame de DNA, por meio da arcada dentária, como sendo do empresário e corretor de seguros Eduardo Deccó, de 50 anos.
A Polícia Militar encontrou o corpo após ser acionada pelo Corpo de Bombeiros para uma ocorrência de encontro de cadáver em veículo incendiado. Não foram encontrados os documentos ou o celular da vítima.
A principal suspeita das autoridades é de que Eduardo tenha sido ludibriado e ido a um encontro marcado por meio de um aplicativo. De acordo com o delegado do caso, Ronald Kuene, a polícia busca “seguir os passos da vítima e entender o que ocorreu naquele dia”.
Foram divulgadas novas imagens do empresário no dia do crime, nas quais ele primeiramente aparece saindo de sua casa com uma garrafa de vinho em mãos. Momentos depois, as imagens mostram Eduardo comprando queijo em um supermercado. Em outra imagem, vemos o homem indo em direção ao local do encontro e, cinco minutos depois, o seu carro retornando em alta velocidade.
A polícia acredita que, no momento em que o carro retornou, a vítima já estava rendida pelos criminosos. O laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) identificou que o homem foi morto com um tiro à curta distância no peito.
O caso foi registrado no 72° Distrito Policial de Vila Penteado, com solicitação de assessoramento do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, o local onde Eduardo foi encontrado está mapeado pelas autoridades como uma área de encontros usada por golpistas.
As autoridades informaram que as investigações seguem em curso para esclarecer os fatos e que testemunhas estão sendo ouvidas. Em depoimento, uma pessoa relatou que também teve um encontro marcado na mesma região e que teria combinado que, assim como a vítima, levaria uma garrafa de vinho para o compromisso.