Nesta terça-feira, dia 18 de junho, foi aberto um novo inquérito para investigar os réus pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, cometido em 2018. A nova investigação irá apurar o crime de obstrução de justiça.
O inquérito foi instaurado pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após o resultado do julgamento que tornou réus cinco suspeitos pelo assassinato, o que ocorreu também na terça-feira.
Dos cinco réus, três são mencionados no novo inquérito: Chiquinho Brazão, deputado federal; Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado. Além deles, outros dois suspeitos foram incluídos na nova investigação, sendo eles o delegado Giniton Lages e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto, que foram responsáveis pela investigação do caso na época.
Além do inquérito para a apurar a obstrução de justiça, que teria ocorrido sobretudo durante a fase inicial da investigação do caso, Moraes também solicitou ao Ministério Público a abertura de outro inquérito, para investigar os crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos por Rivaldo Barbosa e pela esposa dele, Érika Araújo.
A defesa dos acusados alegou que não há indícios suficientes para as denúncias, solicitando a rejeição do julgamento que os tornou réus. Além disso, os advogados questionaram as delações feitas pelos executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos desde de 2019, as quais foram fundamentais para a denúncia dos envolvidos.
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Por Isabel Bergamin Neves
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