Irmãos são mortos a tiros durante live no Instagram

Imagem ilustra o momento da execução dos jovens.

Por Mai Moreira

Foi transmitido em uma live nas redes sociais, na madrugada do dia 15 de setembro, o momento exato em que Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, e o irmão, Amerson Juliano da Silva, de 25 anos, são executados a tiros por dois homens encapuzados. 

Apuynã Lucas da Silva, de 25 anos, irmão de Agata e Amerson, também foi baleado, mas sobreviveu e foi encaminhado ao hospital. A unidade de saúde que está atendendo o jovem informou que não divulgará atualizações sobre o estado de saúde do paciente, visto que não há autorização da família.

O crime aconteceu na Rua São Geraldo, no bairro de Tabatinga, na cidade de Camaragibe, horas depois de um tiroteio que vitimou dois policiais militares, Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, que atenderam a uma ocorrência e estavam em buscas de suspeitos.

O tiroteio também deixou uma mulher grávida e um adolescente de 14 anos feridos. A mulher e o adolescente seguem internados no Hospital da Restauração, em Recife.

De acordo com testemunhas, o assassino dos policiais era Alex Silva, irmão das duas vítimas mortas durante a live. Porém, essa informação não foi confirmada pela Polícia Civil, Polícia Militar ou pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. 

Alex Silva foi localizado pela Polícia Militar horas depois e voltou a trocar tiros com as autoridades, acabando morto por disparos na cabeça e no tórax. O corpo de Maria José Pereira da Silva, mãe de Alex Silva, e de uma outra mulher, supostamente a esposa de Alex, foram encontrados em um canavial no município de Paudalho, no Grande Recife.

A Polícia Militar, a Polícia Civil e a Secretaria de Defesa Social não se posicionaram sobre a execução dos irmãos durante a live. 

É possível ouvir no vídeo, os homens ordenando que um dos jovens levante as mãos e fique parado. Um dos jovens diz: “Tem câmera aqui, viu?! Vocês me chamaram para atirar em mim, foi?”. O atirador responde: “Cala a boca, filho de rapariga!”.

Antes de ser atingido, uma das vítimas pede: “Por favor, eu não tive nada a ver com isso”. Agata, que fazia a transmissão, foi baleada e caiu no chão. Logo em seguida, os atiradores dizem: “Zerou, zerou. Foi muito já”. 

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