No dia 13 de novembro, uma mulher de 31 anos, grávida de oito meses, escapou da própria casa, na rua Rio Formoso, no bairro Ipiranga, em Ribeirão Preto (SP), e pediu socorro a vizinhos, alegando estar sendo torturada e mantida em cárcere privado pelo marido.
O suspeito é Gustavo Jailton Gonçalves, de 43 anos. Além da esposa, com quem ele estava casado há um ano e três meses, ele também teria cometido as agressões contra a filha dela, uma menina de sete anos. A identidade das vítimas não foi divulgada.
A Polícia Militar foi acionada pelos vizinhos e, no local, encontrou a mulher com diversos hematomas pelo corpo e o rosto ensanguentado. Ela relatou que estava sendo mantida em cárcere privado pelo marido há três dias, durante os quais sofreu diversas torturas e agressões.
O homem violentou a esposa grávida com socos, chutes e queimaduras, usando panelas, fios, cigarros acesos, água quente e um ferro de passar roupa para cometer as agressões. Além disso, ele teria tentado quebrar o dedo dela com um alicate, raspado seu cabelo, colocado xilocaína na sua boca e no seu olho e a estuprado, enquanto a ameaçava com uma faca.
Segundo a mulher, as agressões também se estendiam para a sua filha, que foi enforcada, espancada e teve os dentes quebrados pelo padrasto.
Quando as autoridades foram à casa da família, não encontraram o homem, mas localizaram uma panela de água fervendo no fogão, a qual suspeita-se que seria usada em futuras agressões.
Pouco depois, Gustavo foi flagrado alguns metros à frente do imóvel, na mesma rua. Na ocasião, ele estava junto com a enteada, que, assim como a mãe, apresentava diversos ferimentos pelo corpo.
As duas vítimas foram socorridas e encaminhadas para uma unidade de pronto atendimento.
Quando abordado, o suspeito riu e negou as agressões. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto. No dia 14 de novembro, passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada. O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado, lesão corporal e ameaça.
Para denunciar casos de violência contra a mulher, disque 180 ou 190.
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Por Isabel Bergamin Neves
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