Wellington da Silva Rosas, de 39 anos, foi preso em flagrante no dia 26 de março, suspeito de assassinar por esganadura a própria filha, Rayssa Santos da Silva Rosas, de 18 anos, transportar o cadáver dela em uma caixa de papelão, mandar queimar o corpo e esconder os restos mortais em um buraco próximo à avenida 23 de Maio, no Centro de São Paulo.
O homem, que confessou o crime à polícia, foi flagrado por câmeras de segurança no dia 25, saindo de seu apartamento na Bela Vista e usando um carrinho de mão para carregar a caixa com o corpo da filha até um elevador.
Posteriormente, ele contratou por R$ 10 um andarilho desconhecido, que foi até um posto, comprou 1 litro de combustível e queimou o cadáver da jovem. Depois, os restos mortais de Rayssa foram descartados em uma cratera da rua Asdrúbal do Nascimento, no bairro da República.
Em seu depoimento, o homem confessou ter matado a filha no dia 24, quando ela teria ido visitá-lo. Os dois estavam bebendo juntos e tiveram uma discussão por conta da separação do suspeito e da mãe da vítima. A jovem teria defendido a mãe e apoiado a mulher, sendo essa a motivação de sua morte.
O homem alega ter assassinado a filha por meio de esganadura, ficando com o corpo dela no apartamento até a noite do dia 24. A vítima morava com a mãe, a qual, ao notar que a jovem não voltou para a casa, registrou a ocorrência do desaparecimento da filha.
O corpo foi localizado no dia 26, quando testemunhas avistaram os restos mortais carbonizados na cratera e acionaram a Polícia Militar (PM). O material foi recolhido pela Polícia Técnico-Científica, que realizou análise e extração de fragmentos para comparação genética com familiares de Rayssa.
Com a confirmação da identidade da vítima, o suspeito foi imediatamente localizado e preso, visto que a mãe de Rayssa temia que ele atentasse contra a vida de seu outro filho ou até contra ela mesma.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) apura se a versão confessada pelo homem é verídica, buscando identificar o andarilho para que ele possa ser responsabilizado pela participação no crime.
Wellington foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, por usar recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e destruição e ocultação de cadáver. O suspeito possui antecedentes criminais por tentativa de homicídio, roubo, furto e tráfico de drogas.
A Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva solicitado pelo DHPP, portanto o suspeito segue preso e à disposição das autoridades.
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Por Mai Moreira
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