No dia 27 de agosto, a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou o indiciamento de um casal pelo assassinato de suas duas filhas gêmeas, Yuni e Eloá, à época com apenas oito meses de idade. As bebês foram assassinadas em julho de 2023, em ocasiões diferentes, na casa em que moravam, na cidade de Betim, na Grande BH.
O caso começou a ser investigado em julho deste ano, depois que o casal se separou. Em uma tentativa de se vingar da ex, o homem, que tem 33 anos, fez uma denúncia à polícia, acusando a mulher, de 28, de ter matado as filhas do casal.
Quando questionada, a mulher atribuiu a culpa dos crimes ao pai das crianças. Quando soube disso, o homem revelou mais detalhes sobre o ocorrido, possibilitando à polícia descobrir a dinâmica dos fatos.
O primeiro assassinato foi o de Yuni, em 29 de julho de 2023. Ela morreu sufocada, depois que a mãe colocou uma meia em sua boca, pelo fato de estar chorando. Com a bebê morta, o casal foi à uma Festa Junina, onde permaneceu por três horas, carregando o corpo de Yuni no carrinho, ao lado da irmã viva. O cadáver foi posteriormente descartado pelo pai em uma linha férrea, no Parque dos Bandeirantes.
Eloá foi morta em 11 de agosto do mesmo ano. Também por estar chorando, foi sacudida pela mãe até que desmaiasse. Ao invés de prestar socorro, os pais deixaram a bebê no berço durante sete dias, sem comida e sem cuidados, até que ela morreu. Em seguida, esconderam o cadáver em uma área de mata, às margens de uma rodovia em Ibirité. Depois, o casal jantou em um restaurante e se hospedou em um hotel da cidade.
Segundo relato de testemunhas, os suspeitos não tinham uma boa relação com vizinhos e familiares. Quando o locador da casa onde viviam perguntou pelas crianças, os dois disseram que uma havia morrido por doença, e a outra, por saudade.
Tanto o homem quanto a mulher estão presos, podendo enfrentar acusações de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Apesar dos esforços de busca, os corpos das vítimas não foram encontrados.
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Por Isabel Bergamin Neves
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