Um policial militar, identificado como Danilo Martins, de 34 anos, denunciou ter sido brutalmente torturado por colegas da corporação dentro do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), localizado no Setor Policial Sul, em Brasília, durante o curso de patrulhamento tático móvel de 2024.
Danilo alega que o agrediram com o intuito de fazê-lo desistir de um curso de formação, submetendo ele a diversas formas de violência, incluindo exposição a gás lacrimogêneo e gás de espuma nos olhos e ingestão forçada de café com sal e pimenta, além de agredi-lo com pauladas e chutes em diferentes partes do corpo. Segundo Danilo, ele também foi obrigado a realizar exercícios físicos exaustivos e constrangedores.
O policial suspeita que as agressões podem estar relacionadas às suas atividades como escritor e atleta e às postagens que costuma fazer em suas redes sociais. Danilo relata que o tenente responsável pelas agressões afirmou que muitas pessoas haviam pedido para que ele agisse dessa forma.
Após a denúncia, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) acompanharam a operação que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e resultou na prisão de 13 policiais militares suspeitos de envolvimento nas agressões. Outro suspeito se comprometeu a se apresentar à Corregedoria da PMDF.
Os presos ficarão detidos no 19º Batalhão da PM, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. O MPDFT ressalta que as investigações continuam para esclarecer os fatos e, se confirmadas as agressões e torturas, será oferecida a denúncia e requerida uma ação penal.
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Por Mai Moreira
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