No dia 13 de outubro, o psicólogo Silvestre Falcão Santana foi encontrado morto dentro do próprio apartamento, no bairro Praia do Morro, em Guarapari, no Espírito Santo. Um dia depois, um de seus pacientes foi preso, suspeito de ser o autor do assassinato.
Marcelo Souza Moreira, de 21 anos, foi identificado no bairro Interlagos, em Vila Velha. Na ocasião, ele estava com o carro da vítima, junto da namorada, uma tia dela, uma adolescente de 14 anos e uma criança de um ano.
Conforme o relato do capitão Rian, da Polícia Militar, o suspeito não esboçou reação durante a abordagem. Além do veículo, ele estava em posse de uma bolsa de Silvestre, contendo cartões, chaves, um celular, uma pulseira, um relógio e cerca de R$ 1.400 em espécie.
A equipe policial determinou a prisão dele por estar com o carro roubado, então o jovem acabou confessando o assassinato. Ele e as adultas presentes no veículo foram encaminhados à delegacia. Porém, posteriormente, a Polícia Civil concluiu que as mulheres não tiveram participação no crime, e que Marcelo agiu sozinho.
A corporação explicou que o suspeito conhecia a vítima desde criança e, na adolescência, se tornou seu paciente. O jovem é dependente químico e tem um histórico de internações e detenções por delitos praticados, tendo sido libertado do presídio pela última vez em agosto deste ano.
Segundo a delegada Rosane Cysneiros, que investiga o caso, Marcelo havia interrompido o tratamento com Silvestre, pois achava as regras da clínica do psicólogo excessivas. Apesar disso, os dois ainda mantinham contato.
No dia 11 de outubro, a vítima levou o suspeito para passar o final de semana no seu apartamento em Guarapari, conforme costumava fazer.
O crime aconteceu no mesmo dia, por volta das 22h. O corpo de Silvestre apresentava sinais de violência, incluindo lesões nas costas, na nuca e no pescoço. A polícia concluiu que o crime foi premeditado pelo suspeito, e que a motivação seria roubar bens de valor do psicólogo.
Foi apurado que, nos dias seguintes ao crime, Marcelo comprou roupas e alianças, e ainda pretendia adquirir um terreno com o dinheiro de Silvestre.
Apesar de ter confessado o homicídio, o jovem não esboçou arrependimento e não deu detalhes sobre o cometimento do crime.
Ele foi autuado por latrocínio e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari. O caso segue sendo investigado, para que se determine a dinâmica dos fatos.
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Por Isabel Bergamin Neves
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