Por Mai Moreira
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Um homem com iniciais T.P. foi preso no dia 05 de janeiro, suspeito de matar Júlia Antonello Paes, de 19 anos, por quem tinha uma paixão platônica não correspondida, e Maria Aparecida da Rosa, de 33 anos, sua ex-companheira, que descobriu o primeiro crime. Os crimes ocorreram em 2023, na cidade de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina.
A primeira vítima do homem foi Júlia, que teve seu desaparecimento registrado em 19 de agosto de 2023, mesmo dia de sua morte. A jovem morava em Urubici e, em seu último contato com a família, teria avisado que estava voltando da cidade de São Joaquim para Bom Jardim da Serra.
O caso de Júlia só foi desvendado após o corpo de Maria ter sido encontrado na própria casa, com um corte profundo no pescoço, no bairro Santo Antônio das Picadas, no dia 18 de setembro de 2023.
As investigações se cruzaram, e, de acordo com o delegado do caso, Fabiano Schmitt, o suspeito teria terminado o relacionamento de 15 anos com Maria para ficar com Júlia, porém a jovem não demonstrou interesse, sendo essa a motivação de seu assassinato.
Segundo a Polícia Civil, após assassinar a jovem, o suspeito tentou reatar com Maria, contando a ela que havia matado Júlia. A mulher, entretanto, não reatou o relacionamento com o suspeito, manifestando vontade de ir à polícia, o que motivou a sua morte. Após o mandado de prisão preventiva contra o suspeito ser cumprido, ele foi confrontado com evidências, confessando os crimes e levando a polícia até o corpo de Júlia.
A Polícia Científica, a Polícia Penal e a Polícia Civil estiveram no local indicado pelo suspeito, encontrando os restos mortais de Júlia, que foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal a fim de se identificar a causa da morte. De acordo com o delegado Schmitt, há suspeita do envolvimento de outras duas pessoas na ocultação do cadáver da jovem.
O homem segue à disposição da Justiça e foi indiciado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O caso segue em investigação.