Uma mulher de 56 anos e um adolescente de 14 anos, que não tiveram as suas identidades reveladas, foram presos no dia 26 de março, suspeitos pelo assassinato de Ana Carine, de 6 anos, em Caucaia (CE).
A menina foi encontrada morta no dia 14 de março, dentro de um carro abandonado, enrolada em um lençol e vestindo apenas uma calcinha, depois de ter desaparecido da casa da família. Os suspeitos são a tia da mãe biológica da menina, que era responsável por cuidar da criança, e o primo da vítima.
Em depoimento, a mãe da vítima alegou que a criança havia sido deixada em casa com a avó e o irmão, antes de a família ter confirmado o sumiço. Vizinhos e moradores da região ajudaram nas buscas pela menina, e, por volta das 03h30min da madrugada, uma mulher avistou a criança dentro do veículo.
De acordo com o laudo cadavérico, a vítima morreu de asfixia por afogamento, apresentando uma hemorragia no pulmão, além de marcas de violência sexual. A perícia também identificou o sêmen do adolescente suspeito no travesseiro e no berço da criança.
Entretanto, segundo o perito-geral da Pefoce, Júlio César Torres, não foi encontrado sêmen no corpo da menina. A suspeita é de que a vítima tenha sido violentada antes de ser afogada pelos suspeitos em baldes com água, que estavam espalhados pela residência, havendo a possibilidade de que partes do crime tenham sido cometidas também fora do imóvel.
Ambos os suspeitos negam envolvimento no crime, mas, devido a contradições apresentadas nos depoimentos deles, a polícia pôde solicitar mandados de prisão. O titular da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ícaro Gomes Coelho, informou que ainda existem incoerências a serem esclarecidas, como horários e motivos de saídas de certos locais.
Ao todo, seis pessoas foram ouvidas e tiveram material genético coletado. As autoridades possuem o prazo de até um mês para concluir o inquérito. A suspeita de 56 anos é investigada por ocultação de cadáver, falso testemunho e tentativa de fraude processual. O adolescente poderá responder por atos análogos a estupro e homicídio.
O caso segue em investigação.
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Por Mai Moreira
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