Um garoto de 11 anos com microcefalia foi agredido e estuprado por dois colegas, de 11 e 12 anos, dentro do banheiro da Escola Municipal Eloy Heraldo Lima, no bairro Vale do Jatobá, em Belo Horizonte.
O caso aconteceu no dia 13 de setembro, mas a vítima só revelou a violência aos pais três dias depois, quando os parentes questionaram sua mudança de comportamento.
Segundo o garoto, depois do recreio ele foi trancado no banheiro pelos agressores, que o espancaram e, em seguida, o estupraram. A intensidade da violência foi tanta que o menino chegou a desmaiar.
No dia 19 de setembro, ele foi atendido em um posto de saúde e encaminhado ao Hospital Júlia Kubitschek, onde passou por exames.
No dia seguinte, seus pais se reuniram com os agressores e suas famílias, na escola. Os dois garotos, inicialmente, negaram os fatos, mas acabaram confessando e relatando o ocorrido.
Um deles contou que deu socos no peito, na cabeça e no rosto do garoto, antes de cometer a violência sexual. Segundo eles, o motivo da agressão teria sido o fato de que a vítima implicava com um dos meninos e xingava a mãe dele.
O pai do garoto violentado registrou uma denúncia por estupro de vulnerável, e a Polícia Civil de Minas Gerais informou, em nota, que instaurou um inquérito para investigar o caso na Delegacia Especializada em Apuração de Ato Infracional.
Segundo familiares da vítima, a escola não deu apoio a eles e informou que não tinha condições de tomar providências, delegando a responsabilidade ao Conselho Tutelar. Conforme relatos de parentes, a vítima está bastante abalada psicologicamente, assim como toda a família.
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 26 de setembro, o secretário municipal de educação, Bruno Barral, informou que os dois agressores saíram da escola em questão.
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Por Isabel Bergamin Neves
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